Influencia do rock

Música


O termo emo originalmente era utilizado para designar o estilo de música “emotional hardcore” dos anos 80 no cenário punk rock. No entanto, nenhuma banda mesmo aquelas que deram origem ao estilo, aceitam o rótulo de emo.Esta palavra é ambígua, pois pode ser utilizada como um rótulo que agrega bandas que emergem do cenário undergroud, quanto para definir a subcultura alternativa onde uma pessoa demonstrar muita sensibilidade.Atualmente, é comum encontrarmos pessoas de estilo emo pelas ruas, shoppings e centros urbanos.

Caracteristicas da Tribo

Gostam de música emocore. O estilo mescla a batida hardcore com letras românticas e sentimentais. São emotivos. Os emos gostam de ouvir músicas que falam de amores perdidos e rejeição dos pais. Aceitam a opção sexual do outro sem preconceitos Criticam pessoas violentas. Bater é altamente reprovável entre os emos Escrevem diários, poesias e músicas. Usam roupas que misturam a rebeldia punk com o gótico.Usam enormes franjas no rosto. São contra drogas Lutam por um mundo sem violência e hipocrisia. Não comem carne, por questões éticas. São extremamente sensíveis.

Entrevista

"As pessoas possuem tantas identidades sociais e pessoais quanto são os grupos de que fazem parte, sendo que estas mudam rapidamente em função das transformações dos contextos nos quais estão inseridas".


Entrevista:


Entrevistado: Leonardo Lampier Mendes

Idade: 20 anos

Profissão: Autônomo

Estilo: Emo


*Ser Emo é... Ser feliz do meu jeito.
* Seu hino é...
Helena,(my chemincal romance), The kill,(30 seconds to mars) entre outras.
*Qual seu hobby?
Internet.
*Personalidade que admira ? Gerald way(vocalista do MCR).
*Um livro que marcou?
Janis Joplin.
*Onde gosta de ir com os amigos?
Na praça do jardim da minha cidade.
*O que gosta de usar?
All Star, roupas com listras ou quadriculadas, e ainda estampas infantis. *Como se comunica com sua "tribo"? Com gírias, formas ”estranhas” de carinho.Isso vem de livre espontânea vontade.
*Porque escolheu fazer parte desse grupo social? Por que foi com ele que eu mais me identifiquei.

Sexta feira 9 d maio de 2008

http://identidadeviva.blogspot.com/2008/05/entrevista-com-um-emo.html

O que são tribos urbanas

O que são tribos urbanas?

- Grupos de pessoas que, de certa forma, contrastam na sua
forma de agir com a cultura tida como dominante em uma
sociedade;
- Grupos que manipulam alguns traços específicos escolhidos
por eles: vestimentas, línguas/dialetos/gírias, religião etc;
-Grupos cujos símbolos que os definem permitem que sejam
reconhecidos como “diferentes” do restante da sociedade.
-
Grupos que, de alguma forma, unem os seus próprios
símbolos carregados de valores culturais, para criarem um
“espetáculo urbano”, ou seja, os grupos aparecem para
demonstrar às demais pessoas que moram nas cidades
que é possível conviver com o diferente e que esse
diferentes pode estar dentro de sua própria residência ,
escola , trabalho.

www.anchietanum.com.br/site/xtBaixar.php?intIdDownload=75

Video satira do humorista Mauricio Ricardo

Este video é uma satira feita pela banda do humorista Mauricio Ricardo - O seminovos
acerca do cotidiano da tribo urbana dos EMOs.

Esse explica bem uma visão que a sociedade tem do grupo social em questão.
Então
vamos ao video!

E essa abaixo é a letra da musica:

(Os seminovos)
Eu Sou Emo


Não é fácil manter a franja lisinha
Tenho que fazer escova e chapinha
Mais difícil ainda é ver o mundo assim do meu jeito
O cabelo tampa o olho esquerdo E eu só posso usar o direito!

Impossível! Ser mais sensível que eu!
Não dá pra ser feliz no mundo em que vivemos! (Ah, eu sou emo!)
Num show do Simple Plan nós dois nos conhecemos! (Ah, eu sou emo!)
Quando vejo você, meu amor, sempre tremo! (Ah, eu sou emo!)
Não agüento mais sentir tanta dor assim...
To tentando alargar o buraco do piercing! (Ah, eu sou emo!)
Tento não chorar por qualquer bobagem
Para não borrar minha maquiagem
Só que no meu lugar qualquer pessoa estaria nervosa
Fui pintar o cabelo e o salão errou o tom do cor-de-rosa Estou sensível!
Irreversível, ô meu! Não dá pra ser feliz no mundo em que vivemos! (É que eu sou emo!)
Num show do Simple Plan nós dois nos conhecemos! (É que eu sou emo!)
Quando vejo você, meu amor, sempre tremo!
(É que eu sou emo!)
Estou sofrendo tanto! O que faço?
Como dói tatuar um ursinho no braço! (É que eu sou emo!)
Não dá pra ser feliz no mundo em que vivemos (Sim, eu sou emo!)
Num show do Simple Plan nós dois nos conhecemos! (Sim, eu sou emo!)
Quando vejo você, meu amor, sempre tremo! (Sim, eu sou emo!)
Estou na galeria esperando! Não falte! Tô na maior deprê!
Descascou meu esmalte! (Sim, eu sou emo!)

Fonte: http://vagalume.uol.com.br/os-seminovos/eu-sou-emo.html


Reportagem do programa Domingo Legal

Essa reportagem é bem interessante nela o entrevistador foi as ruas para saber da tribo que virou moda e ate se caracterizou...
Vale a pena assistir.




Historia em quadrinhos

Galera esse foi so um dos exemplo que demonstramos sobre discriminação
que as tribos sociais tem vivenciado.

Charge


Essa charge vai continuar enfatizando o porto de vista da discriminaçao.
A sociendade tem que entender de uma vez por todas o que faz parte da nossa cultura.
Fica ai nosso racadinho!


As realidades que as "tribos urbanas" criam

sa foi uma psquisa fita acerca do tma e divulgada no scielo.

Fraya Frehse

José Machado PAIS e Leila Maria da Silva BLASS (orgs.). Tribos urbanas: produção artística e identidades. São Paulo, Annablume, 2004. 234 páginas.

Ao elegerem como tema primordial de estudo as chamadas "tribos urbanas", os organizadores deste livro sabiam que pisavam num chão já bastante palmilhado, nas últimas décadas, pelas ciências sociais devotadas ao contexto urbano. Um chão, por isso mesmo, marcado por pontos de vista específicos a respeito da noção de "tribo urbana".

A partir de 1985 o sociólogo francês Michel Maffesoli começava a utilizar o termo "tribo urbana" em seus artigos, e em 1988 surgia o seu Le temps des tribus: le déclin de l'individualisme dans les sociétés postmodernes. O uso da noção era metafórico, para dar conta de formas supostamente novas de associação entre os indivíduos na "sociedade pós-moderna": o autor fala em "neotribalismo". Seriam essencialmente "micro-grupos" que, forjados em meio à massificação das relações sociais baseadas no individualismo e marcados pela "unissexualização" da aparência física, dos usos do corpo e do vestuário, acabariam, mediante sua sociabilidade, por contestar o próprio individualismo vigente no mundo contemporâneo.

Alguns anos depois, José Guilherme Magnani (1992) retomava, no contexto brasileiro e numa perspectiva antropológica, a noção de "tribo urbana" a fim de problematizar o seu uso ambíguo não apenas na mídia, mas também em "pesquisas e trabalhos ditos científicos" – embora não haja no texto qualquer referência explícita a Maffesoli. O antropólogo brasileiro argumenta em favor de contextualizações do emprego da metáfora, já que o "domínio original" de tribo seria a etnologia e, no âmbito desta, a análise de formas de organização social que transcendem os particularismos dos grupos domésticos e locais (Magnani, 1992, p. 49). Já a utilização do termo em relação às chamadas "sociedades complexas" aludiria ao contrário: a pequenos grupos delimitados, com regras particulares. Dado que a metáfora mais evoca – o "primitivo, selvagem, natural, comunitário" – do que recorta (Idem, p. 50), o autor questiona seu uso como categoria analítica em pesquisas sobre o contexto urbano: tratar-se-ia de um denominador comum empobrecedor da diversidade vigente na paisagem urbana.

As abordagens de Maffesoli e, em particular, a de Magnani são importantes interlocuções para os autores da coletânea Tribos urbanas: produção artística e identidades. O livro resulta, como assinala Leila Blass na "Apresentação", de um projeto de pesquisa de mesmo título que congregou, entre 2001 e 2004, pesquisadores e colaboradores portugueses e brasileiros ligados ao Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC de São Paulo, no âmbito de um programa de cooperação internacional financiado pela brasileira Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo português Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (Grices). Assumindo como pressuposto o uso metafórico de "tribo urbana" ainda nos dias de hoje, nos meios de comunicação de massa e no senso comum, os autores da coletânea pretendem atentar para as realidades sociológicas criadas por essa etiqueta. Conforme aponta José Machado Pais na "Introdução", se "tribo urbana" é uma heteronomia – classificação atribuída a determinados indivíduos por terceiros, definindo "outros" estranhos, "ex-óticos" porque fora da ótica da normalidade (p. 9) –, integra de formas bem específicas os indivíduos por ela designados, o que equivale a dizer que as classificações são integradas de modo também peculiar nas falas e comportamentos desses indivíduos. Como jovens são objeto primordial do uso da metáfora, questões que inspiram, para Machado Pais, a coletânea, são: de quem se trata? Esses jovens identificam-se com a etiqueta? Quais as razões, os fins e os efeitos desse processo de classificação? (p. 10).

Os oito capítulos que perfazem a publicação dialogam, cada um à sua maneira, com essas questões. São estudos de caso unidos em torno de um cenário – "contextos urbanos" –, de uma circunstância – "a ritualização de identidades sociais" – e de um ponto de partida analítico – a metáfora da "tribo urbana". Esta é enfocada, segundo Machado Pais, como heteronomia ligada, por um lado, a manifestações de resistência à adversidade – conforme com a idéia de "atrito", etimologicamente implícita ao termo "tribo" (p. 12); por outro, a formas de sociabilidade orientadas por normas de natureza estética e ética que implicam maneiras peculiares de ritualizar "vínculos identitários", sobretudo relacionados à produção artística (p. 18).

A partir dessa base comum vêm à tona as diferenças entre os estudos. São três as cidades enfocadas: São Paulo, Recife e Lisboa. Alguns autores concentram-se em grupos em torno dos quais se ritualizam identidades: uma banda musical jovem de Portugal, os "Dundumba", inspirados em sons e ritos tribais africanos (capítulo 1, por Machado Pais); os "carecas de Cristo" de São Paulo, formados por skinheads evangélicos (capítulo 2, por Márcia Regina da Costa); integrantes de duas escolas de samba paulistanas (capítulo 8, por Leila Blass). Um segundo conjunto de capítulos parte de manifestações estéticas em torno das quais identidades são celebradas: a tatuagem e o body-piercing em Portugal (capítulo 3, por Vítor Sérgio Ferreira); o "mangueBit" na qualidade de movimento musical recifense (capítulo 4, por Lídice Araújo); o hip hop como base identitária de jovens "marginalizados" nas grandes metrópoles (capítulo 5, por João Lindolfo Filho); a referência à África nas "sonoridades juvenis negras" no Brasil (capítulo 6, por António Contador). Enfim, um terceiro tipo de abordagem assume o espaço urbano, notadamente três praças públicas da "Baixa" lisboeta, como referência para uma etnografia sobre a constituição diária de ajuntamentos fugazes de imigrantes ali em meio ao trânsito (capítulo 7, por Cristiana Bastos). Neste caso, a autora alerta de antemão para a impropriedade da utilização do termo "tribos urbanas" (p. 183).

Essa variedade de perspectivas fornece ao leitor uma ampla plêiade de dados sobre contextos sociais variados unidos por uma matriz lingüística comum: o português. São, em Machado Pais, imaginários musicais e de sociabilidade fortemente referenciados pela memória de um passado que, não vivido, é mitificado como tribal e africano. Costa, por sua vez, constrói uma história dos carecas de Cristo que ressalta a política de conversão empreendida por pastores evangélicos em relação a jovens nas grandes cidades brasileiras a partir de finais dos anos de 1980. Já Ferreira conduz à sociogênese não apenas das práticas de marcação corporal na Europa desde a Idade Média, mas também à do seu "renascimento" no Portugal contemporâneo. De marginais, transformam-se em bens de consumo juvenis que promovem o corpo a "imagem corporal" dotada de um estilo próprio, crucial para a produção de identidades grupais e/ou pessoais. Araújo traz o leitor de volta ao Brasil, em particular às ruas do bairro do "Recife Antigo" da década de 1990 – a grupos, vocabulário e tipo de letra musical envolvidos na consolidação sociológica do movimento musical que, preconizando a associação entre os sons da terra recifense, cujo signo máximo seria o "mangue", e influências técnicas globais, é pela autora denominado "MangueBit" (embora na mídia apareça como "mangue beat"). O capítulo de Bastos é um retorno a Lisboa que confronta usos do espaço urbano por parte de "lisboetas comuns", nativos, com aqueles de "migrantes" referenciados como "africanos", "chineses", "eslavos". Para os primeiros, seria crucial a díade casa-rua; para os últimos, a praça. Enfim, uma última volta ao Brasil: Blass trata das quadras e dos desfiles de escolas de samba paulistanas e, às vezes, das cariocas, explorando dois momentos da produção artística carnavalesca: a apresentação do enredo aos integrantes das escolas e o desfile propriamente dito.

Tal pletora de referências assegura à coletânea uma inegável relevância etnográfica, sobretudo quanto a algumas formas recentes de sociabilidade juvenil no Brasil e em Portugal. O livro apresenta lado a lado análises que o leitor até então só podia encontrar em monografias específicas. Assim, adquirem-se indícios das referências culturais subjacentes a algumas realidades juvenis em grandes cidades brasileiras e portuguesas hoje: uma certa África, um certo evangelho, um certo tipo de música; enfim, apropriações específicas do termo "tribo urbana".

A meu ver, é Machado Pais que demonstra essas apropriações e teoriza a respeito delas. Partindo das falas de seu informante privilegiado, dos Dundumba, o autor discorre sobre a importância da noção de tribo para o tipo de manifestação artística produzida pela banda. Compreende-se assim o porquê da tese do sociólogo sobre os "revivalismos tribais": a heteronomia torna-se signo de autonomia; "tribo" torna-se metáfora de formas de integração social numa "urbanidade deficitária de coesão social" (p. 39).

Para além do esforço dos outros estudos de explorar teoricamente os efeitos da metáfora, na prática os resultados interpretativos mais satisfatórios aparecem quando se secundariza "tribo urbana" (ver, por exemplo, os estudos de Ferreira, Costa e Blass) ou mesmo deixa de lado o termo (ver o texto de Bastos). Até num "movimento" aparentemente homogêneo como o "mangueBit" há, como mostra Araújo, diferentes leituras por parte de jovens de classes sociais diversas, e é por meio dessas leituras que o "movimento" se torna significativo. Como, então, falar em uma tribo, apenas?

Existe, de fato, o risco de simplificação dos processos sociais em questão, o que se aplica não só às manifestações culturais tematizadas. Falar de "jovens", "cultura jovem", do "afrodescendente" em geral nas metrópoles brasileiras e do mundo (ver estudo de João Lindolfo Filho) envolve a possibilidade de um certo anacronismo – como se o jovem fosse um só, no passado e no presente, no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos. Associar, por sua vez, a "identidade sonora" dos "jovens negros" brasileiros em geral a uma "África mítica" e aos ancestrais escravos, sem ancorar os argumentos empiricamente (ver texto de António Contador), deixa dúvidas sobre o contexto musical em jogo.

As dificuldades de modo algum obliteram o caráter instigante da problematização teórica que inspira o livro. Com efeito, se, como apontou Magnani e é reiterado por Machado Pais, há inegáveis ambigüidades no uso da metáfora "tribo urbana" pelas ciências sociais, interessante é, para essas mesmas ciências sociais, que classificações forjam realidades: falas, comportamentos, modos de pensar e de viver, manipulação de coisas e de corpos que viram signos de identidade. É o que Eunice Durham (2004 [1977], p. 231) definiu como "dinâmica cultural": o processo de constante reorganização das representações na prática social por meio de "uma manipulação simbólica que é atributo fundamental de toda prática humana", assegurando que as representações sejam produto e condição de práticas sociais. É nessa dinâmica que identidades se (re)constroem, inclusive aquelas tematizadas pelos autores da coletânea.

Contemplada à luz dessas ponderações, a coletânea aparece centrada essencialmente na dinâmica das relações sociais em cada caso, ficando em segundo plano o que os "produtos artísticos" respectivamente abordados podem revelar sobre as realidades sociológicas suscitadas pela heteronomia "tribo urbana". O que o tipo de sonoridade, de letra musical, de tatuagem indica, nesse sentido? Há vínculos entre a expressão cultural e a configuração sociológica? Formulo essas perguntas levando em conta que o livro resulta, como explicita Machado Pais no início da "Introdução", da reflexão conjunta de sociólogos e antropólogos portugueses e brasileiros (p. 9).

Certamente o desafio é grande. Sobretudo porque os pesquisadores têm formações teórico-metodológicas variadas – é tentador, também aqui, recorrer à metáfora das "tribos". Nota-se, por exemplo, que alguns autores falam em "tribos" e outros em "tribus", sem que se explicite o porquê deste último emprego: uma filiação à noção francesa de "tribus", utilizada por Maffesoli?

Se esse tipo de iniciativa é sempre um desafio, é importante persistir. A coletânea deixa entrever diálogos que são cruciais nesses tempos de "globalização". São diálogos sobre fenômenos sociais comuns a contextos urbanos distintos. E são ainda, talvez por isso mesmo, diálogos sobre interesses intelectuais também semelhantes, embora sejam diversos os contextos institucionais que os abrigam.

Bibliografia

DURHAM, Eunice. (2004 [1977]), "A dinâmica cultural na sociedade moderna", in _________, A dinâmica da cultura, São Paulo, Cosac Naify.

MAFFESOLI, Michel. (1988), Le temps des tribus: le déclin de l'individualisme dans les sociétés postmodernes. Paris, Méridiens Klincksieck.

MAGNANI, José Guilherme Cantor. (1992), "Tribos urbanas: metáfora ou categoria?". Cadernos de Campo. Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia da USP, 2 (2): 49-51.

FRAYA FREHSE, doutora em antropologia pela Universidade de São Paulo, é pesquisadora do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU) da mesma Universidade e professora de antropologia na Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092006000100012

As tribos que não são de índio



Há muito tempo existe uma tradição entre os adolescentes que é a de se dividirem em grupos conhecidos como tribos urbanas. Nos anos 60 e 70 as tribos geralmente se reuniam por questões sociais, econômicas, politicas etc. Hoje, porém, os adolescentes se reunem em tribos muitas vezes por questões de modismo.
As tribos atuais se unem pelo estilo de roupa, musica, enfim, de interesses em geral. Cada tribo tem seu nome e suas girias. As tribos mais populares são: patricinhas (patys) e mauricinhos (boys), clubbers, skaters (skatistas), goticos (darks), surfers (surfistas), plocs etc.

Patricinhas e Mauricinhos: a tribo em que os "membros" vivem em função da moda. Normalmente, para fazer parte dessa tribo, á necessário ter uma boa condição financeira (ou criatividade), pois os acesserios e roupas não custam muito barato.

Clubbers: Os clubbers vêem os djs como deuses e a danceteria como seu templo. Usam trajes muito coloridos, acesserios modernos, penteados e cortes excêntricos. A musica dominante á o techno, o trance, house etc.

Skaters: Essa é a tribo em que as pessoas se unem pelo esporte que praticam, o skate. Não á muito fácil reconhecer um skatista, mas geralmente eles usam roupas bastante largas, de cores neutras.



A banda inglesa The Cure mostra o puro esp�rito da tribo dos g�ticos

Góticos
: musicas melancolicas, poesias com assuntos morbidos, roupas escuras e maquiagem bastante carregada: basicamente, essa á a vida de um gótico. Eles amam e vivem em função do "dark".





Surfers: Os surfistas dão tudo (literalmente) pela onda perfeita. Seu uniforme: bermuda de tac-tel, óculos escuros tipo ray-ban, camiseta regata e cabelos compridos. Tudo isso, de preferencia, numa praia, claro.

Plocs: Como ainda não foi inventado um meio de voltar a infancia, eles usam acessórios, roupas e obviamente brinquedos infantis. Os idolos lideres entre eles são Hello Kitty, Meninas Superpoderosas, Piu piu, etc.

Jiu-jiteiros: Pick-up preta, Pit bull na janela, orelha toda ralada (de esfregar no chão durante as lutas) e uma "Maria Tatame" (namorada) ao lado. Esse é o estilo dos jiu-jiteiros. Só um problema: eles usam as técnicas do jiu-jitsu para brigar.

O fato das tribos se unirem pelos seus interesses acaba ocasionando algumas brigas entre elas. Um exemplo disso é a rivalidade entre os roqueiros e os pagodeiros, que acabam brigando por escutarem estilos de musicas tão diferentes (pagode, que fala geralmente de rejeição amorosa, e rock, que geralmente fala de ira).


http://www.sampaonline.com.br/todomundoteen/solange2002set.htm

Moda e Tribos Urbanas


Moda e Tribos Urbanas

Neste vamos expor o movimentos de cultura de moda, que envolvem o vestuário dos adolescentes nas cidades contemporâneas, têm sido identificados como movimentos que se reconhecem como Tribos Urbanas.

E teremos como foco, os EMOs.





A nova tribo que está tomando conta das ruas das grandes cidades brasileiras são os emos. O nome vem de emotional hardcore, vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas. Mas o que distingue os emos não é só a música, e sim as atitudes. Eles têm entre 11 e 18 anos e, nas roupas, são capazes de misturar as botas do punk, o colar de Wilma, a mulher de Fred Flintstone, e uma camiseta com a gatinha Hello Kitty. Não escondem os sentimentos, expressam abertamente suas emoções, preconizam e praticam a tolerância sexual. ‘Os emos têm um estilo de vida compatível com minha sexualidade. São menos preconceituosos’, diz o paulistano Rafael Adami, de 15 anos, que afirma já ter namorado meninos e meninas. ‘Gosto de meninas, mas isso não me impede de achar o estilo de outro cara legal’, diz o gaúcho Douglas Palhares, de 17 anos. ‘Nossa sociedade é discriminadora.’
O gênero emocore nasceu em Washington, na década de 80, para designar bandas que tocavam letras introspectivas, com batida pesada. Hoje, as principais são Good Charlotte, The Used e My Chemical Romance. ‘É uma vertente do hardcore, por sua vez fruto do punk. Mas os punks têm letras políticas, enquanto as composições emos falam do que os adolescentes sentem’, diz Marco Badin, dono da casa noturna Hangar 110. Essa é a chave do sucesso do emocore. Emos são expansivos. Gostam de trocar elogios, abraços e beijos em público. Ainda que não tenham um relacionamento, amigas emos se chamam de ‘maridas’. ‘As pessoas precisam cada vez mais dizer e ouvir um ‘eu te amo’. De nada vale ser o fortão’, diz o jovem emo Rafael.
Esse tipo de comportamento tem alarmado muitos pais. ‘Estranhei quando ele começou a pintar os olhos e as unhas’, diz Dalva Bonfim, mãe de Rafael, que afirma ser bissexual. ‘Fiquei deprimida quando ele me contou. Mas, mesmo sem aceitar, respeito a opção dele.’ Também há um enorme preconceito contra a tribo. Não é incomum que os emos sejam insultados ou até agredidos por outros jovens. Na Galeria do Rock, em São Paulo, onde se reúnem às sextas-feiras, são freqüentes arrastões em que a garotada, perplexa, é expulsa do local a tapas por punks mais velhos – supostamente, a inspiração dos emos. Os próprios donos das lojas desconfiam da presença infanto-juvenil, dizem que os emos espantam fregueses. Na escola, a discriminação também é forte. Um adolescente emo de um tradicional colégio paulista foi alvo de agressão dentro da escola depois de publicar no Orkut uma foto em que beijava um colega. Teve de sair da escola e hoje está em intercâmbio na Europa. ‘Na rua, tem gente que me chama de sapatão’, diz a emo Laura Battaglia, de 14 anos. Os comentários mais maldosos ficam para os meninos. ‘Já disseram que eu era gay e me chamaram de emocinha’, diz Bruno Tonel, de 17 anos, de São Paulo.Ele diz namorar uma garota emo e afirma não se importar em ter amigos sexualmente flexíveis.
Para Regina de Assis, doutora em Educação pela Universidade Columbia, a tolerância é o traço de comportamento que distingue os emos de outros jovens. ‘A atitude dos emos irrita outros jovens porque eles não temem os sentimentos, enquanto a maioria dos adolescentes busca afeto optando pela agressividade’, diz. Há várias comunidades no Orkut dedicadas a atacar os emos. Os nomes de algumas beiram o bizarro, como ‘Hitler também era emo’. Alguns fãs de música emocore afirmam que existem muitos ‘paraguaios’ – gíria usada pela turma para caracterizar aqueles que se fazem passar por emos sem entender nada da cultura. Muitos nem gostam da música, mas adotam as mesmas roupas e acessórios.
Algumas das características da tribo:
Gostar de música emocore. O estilo mescla a batida hardcore com letras românticas e poesias adolescentesViver na internet e no Orkut. Todas as bandas emo brasileiras colocam suas composições em sitesSer emotivo. Os emos choram ouvindo músicas que falam de amoresperdidos e rejeição dos paisDar demonstrações explícitas de carinho. Meninos e meninas se beijam, se abraçam em público, seja com pessoas do sexo oposto, seja com as do mesmo sexoAceitar a opção sexual do outro sem preconceitosCriticar pessoas violentas. Bater é altamente reprovável entre os emosEscrever diários, poesias e músicas. Isso vale para meninas e meninosUsar roupas que mesclam a rebeldia punk com os ícones infantis. Meninas e meninos usam rosaUsar cabelos lisos com enormes franjas no rosto. Usadas somente de um lado, denotam certa ambigüidade sexualNão curtir drogasLutar por um mundo sem violência, em que um dia todos se abracem sem parar.
Roupas e os acessórios desses adolescentes:
É facílimo identificar um emo, mesmo que você nunca tenha ouvido falar neles. A marca registrada está no cabelo, com franja usada em cima dos olhos, somente de um lado do rosto. O visual é a própria contradição da adolescência. “Ao mesmo tempo que demonstram rebeldia, que aparece no preto, têm também uma vontade de se manter na infância, daí os ícones infantis”, afirma a jornalista de moda Lilian Pacce.
ANOS 80 O tênis nacional Mad Rats faz sucesso nos pés dos emos.
REBITE Os cintos são usados por meninos e meninas.
WILMA FLINTSTONE Colares e pulseiras são inspirados na personagem.
BUTTONS Os emos adoram usar broches em bonés e mochilas.
INFANTIL A camiseta mescla rebeldia com um desenho fofinho.
Como outras tribos adolescentes, os emos têm linguagem própria:
Diminutivos – Trocam amor por amorzinho, lindo por lindinho, cão porcãozinho, e por aí vaiInternetês – Conversam trocando letras e assassinando a gramática.“Sabia que eu te amo?” se transforma em “Xabia q eu ti amu?”Paraguaios – Ou emos “posers”, que não gostam da música, mas se vestem com as mesmas roupas da tribo“Oi, lindo!”, “Oi, linda!” e “Que meeeigo!” ou “Que fooófis!!!”, “Ela é minha marida” são os termos mais usados pelos emos

http://desciclo.pedia.ws/wiki

"Primórdios"

Bom, essa postagem agora vai citar um pouco da historia do surgimento de alguns grupos; detalhe: uns destes estao "vivos" ate hoje e outros sofreram modificações ao longo do tempo.

Na década de 50, enquanto uma parte da sociedade usava ternos bem-comportados, os beatniks chocaram o mundo adotando um visual despojado e moderninho, calças Levi´s 501, boinas, camisetas de manga comprida, suéteres de gola roulê. Junto com a vestimenta vinha também um sentimento de repúdio aos valores do american way of life, e um grito pela liberdade individual.

A Geração Beat (ou existencialista) surgiu da influência da literatura de autores como Allen Ginsberg, William Burroughs e Jack Kerouac, que pregavam a autenticidade e a liberdade. Considerado o primeiro movimento de contracultura, expunha, no próprio vestuário, um protesto contra a opulência da sociedade americana na década de 50 (o chamado american way of life) e o progresso tecnológico que produzia bombas atômicas, propondo uma renovação cultural – que se manifestou através da inserção radical em experiências hedonistas ou espirituais, desde o catolicismo ecumênico de Thomas Merton a uma obsessão pelo esoterismo e pela influência das religiões orientais.

Os beats adotaram como uniforme a calça Levis 501 e o uso da camiseta, com os cabelos desalinhados, barba ou cavanhaque e uma bolsa para carregar seus livros para dar corpo a sua atitude intelectual. As meninas usavam calças justas, tween sets e sapatilhas como desdém pelo luxo dos saltos altos e finos popularizados por Dior na época. O romance On the Road, de Jack Kerouac, é uma espécie de bíblia da filosofia beatnik.

Os mods (abreviação de Modernistas), surgidos em Londres, eram geralmente jovens de classe média baixa, obcecados pela moda italiana e a música negra norte-americana. Surgido no final da década de 50, seus seguidores vestiam terno justo e bem cortado, eram bastante ligados à moda, a estilos musicais como Jazz moderno e Rhythm and Blues, consumiam anfetaminas e andavam sempre em lambretas italianas. Seu estilo se tornou conhecido mundialmente através da música My Generation, uma espécie de hino do movimento, composta pela banda The Who. O movimento foi enfraquecendo com o surgimento dos hippies e do rock psicodélico, mas ressurgiu como uma febre no fim dos anos 70.

Na década seguinte, os hippies quiseram bem mais: com seus cabelos grandes e roupas coloridas, colocaram-se em guerra contra a Guerra e a favor do amor livre. Os hippies foram a parte mais visível do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60. Adotavam um modo de vida comunitário e um estilo nômade, negavam o patriotismo exacerbado e a Guerra do Vietnã, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, o hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas, e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana. Juntamente com o movimento hippie, o movimento feminista tomou fôlego e a luta contra o racismo alcançou maior visibilidade. Foi uma época marcada pelos grandes festivais a céu aberto, o consumo de drogas alucinógenas e o sexo livre.Em 70, os subúrbios londrinos viram surgir uma geração pessimista, que, impulsionada pela grande convulsão social ocasionada pela recessão econômica, se colocava contra toda forma de consumo e dominação, usando um visual agressivo e tomando o nome de punk (uma gíria para podre, madeira ruim, o que não presta). Diversos setores da juventude, entre desempregados, estudantes de arte, anarquistas e rebeldes que desprezavam as convenções da sociedade, encontraram na música o canal de expressão de um desejo de transformação.

Através da música, contestava-se a estética do mainstream do rock da época, o conformismo, a falta de liberdade. O movimento punk demonstra um profundo sentimento de pessimismo e niilismo, agredindo diversos elementos da cultura vigente, ao mesmo tempo em que demonstra uma postura arrogante. Muitos de seus integrantes utilizavam cabelos espetados, roupas com cortes agressivos, muitas vezes sadomasoquista, símbolos controversos como a suástica como forma de deboche aos valores políticos, morais e culturais da época.

O movimento Glam - cujo nome é uma corruptela do vem do glamour das roupas extravagantes, perucas de cores psicodélicas e sapatos plataforma – foi bastante relacionado à música. Passava a idéia de uma “sexualidade ambígua” e buscava resgatar o impacto da rebeldia associada ao rock and roll, porque acreditavam que a música pop havia perdido sua veia rebelde e já estava devidamente incorporada ao “sistema” e havia pouco que se pudesse fazer para chocar a sociedade. Alguns de seus maiores expoentes foram Gary Glitter, Slade e David Bowie.

Grunge é o nome dado ao movimento musical de Seattle iniciado no fim dos anos 80 e cujos maiores ícones são as bandas Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam e Stone Temple Pilots. Ironia, sarcasmo, crítica social, revolta, desespero, sentimento de inferioridade são algumas das características de seus integrantes. Os grunges se colocaram contra os valores da sociedade, o consumismo exagerado e a beleza superficial, não se importando com a própria aparência e adotando um jeito largado de se vestir. Camisas de flanela, calças rasgadas e o tênis All Star são símbolos dessa época.

O New Wave surgiu no final dos anos 70, como um desdobramento natural de uma vertente do punk capitaneada por bandas como Talking Heads e Blondie. Uma espécie de lado alegre e debochado do rock and roll, o movimento juntou a estética andrógina dos anos 70 com roupas e acessórios dos anos 60, cabelos punk, cores vibrantes e cítricas, ombreiras, gel e músicas bem humoradas, que misturavam rock, pop, funk e reggae. Michael Jackson, Madonna, Cyndi Lauper e Boy George foram ícones desta tribo

Depois do pós-tudo (pós-moderno, pós-hippie, pós-punk, pós-dark), o impulso clubber é uma proposta sem proposta, uma pura e simples alienação do tempo e do espaço, impulsionado pelos psicotrópicos. A fuga da realidade, o desdém pela cultura, pelos valores sociais e pelo conhecimento, a anestesia como solução e o repúdio a tudo que interrompa este transe perpétuo são suas marcas registradas. O movimento clubber teve início na Inglaterra, com a acid house com o advento da música eletrônica e o uso de roupas fluorescentes, piercing e cabelos coloridos.

Dois esportes considerados “radicais” e que têm o mesmo objetivo: equilibrar-se em uma prancha. No início da década de 1960, os surfistas da Califórnia queriam fazer das pranchas um divertimento também nas ruas, em uma época de marés baixas e seca na região. Inicialmente, a nova “maneira de surfar” foi chamada de sidewalk surf.

Por volta de 1975, um grupo de garotos revolucionou ainda mais o já batizado skate realizando manobras do surf sobre ele. Esses garotos eram os lendários Z-boys da também lendária equipe Zephyr. Essa equipe era natural de Venice, Califórnia, lugar que chamavam de Dogtown. Esses garotos ganharam o mundo e têm cada vez mais adeptos em todos os lugares.



http://forademoda.net/blog/?p=1569



Tribos Urbanas

Oi pessoal!


Esse blog trataremos do tema Pluralidade Cultural, como o assunto é bem vasto optamos pelo sub-tema Tribos Urbanas.
A pluralidade cultural diz respeito ao conhecimento e a valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos socias do Brasil.
A sociedade tem certo tipo de desafio em respeitar esses grupos, claro que não levando em consideração que esses grupos tem características e essas mesmas características são um fator de nossa cultura.

Temos por objetivo:
Mostrar as pessoas que podemos conceber diferentes culturas com diferentes dinâmicas/ interpretações.

Exemplificar para um maior entendimento as tribos que mais são taxadas, por assim dizer, e quebrar alguns conceitos já existentes.

Nossa justificativa para com o sub-tema Tribos Urbanas:

É pelo fato de que alguns grupos serem de certa forma marginalizada da sociedade. E levaremos a debate os principais grupos que conseguirmos identificar em nosso meio, trazendo assim a realidade de um cotidiano onde pessoas muitas vezes por não terem ou seguirem um padrão são discriminadas.

As ações que deveremos realizar em nossa pesquisa são:

- Entrevistas

-Charges

-Pesquisas

-Historias em quadrinho

-Vídeos

Então, vamos ao que realmente interessa...


O que são Tribos Urbanas?
Tribo Urbana é o nome dado a um grupo de pessoas com hábitos, valores culturais e ideologias políticas semelhantes. Possuem as suas próprias músicas e um modo próprio de vestir. Todas estas características permitem distingui-los dos demais.

Essas Tribos são mais comuns nas grandes cidades, daí o seu nome. São na sua maioria jovens entre os 14 e os 20 anos de idade. Ingressam nos grupos socias pelo fato de procurarem um lugar próprio, se reafirmar na sociedade.

Essas tribos continuam a crescer e multiplicar-se, mudando os hábitos, costumes e práticas sociais. As tribos urbanas podem ser caracterizadas como um fenômeno juvenil dos grandes centros urbanos e como exemplo posso citar os EMOs (o grupo em questão que daremos mais foco), entre outros.