Bom, essa postagem agora vai citar um pouco da historia do surgimento de alguns grupos; detalhe: uns destes estao "vivos" ate hoje e outros sofreram modificações ao longo do tempo.
Na década de 50, enquanto uma parte da sociedade usava ternos bem-comportados, os beatniks chocaram o mundo adotando um visual despojado e moderninho, calças Levi´s 501, boinas, camisetas de manga comprida, suéteres de gola roulê. Junto com a vestimenta vinha também um sentimento de repúdio aos valores do american way of life, e um grito pela liberdade individual.
A Geração Beat (ou existencialista) surgiu da influência da literatura de autores como Allen Ginsberg, William Burroughs e Jack Kerouac, que pregavam a autenticidade e a liberdade. Considerado o primeiro movimento de contracultura, expunha, no próprio vestuário, um protesto contra a opulência da sociedade americana na década de 50 (o chamado american way of life) e o progresso tecnológico que produzia bombas atômicas, propondo uma renovação cultural – que se manifestou através da inserção radical em experiências hedonistas ou espirituais, desde o catolicismo ecumênico de Thomas Merton a uma obsessão pelo esoterismo e pela influência das religiões orientais.
Os beats adotaram como uniforme a calça Levis 501 e o uso da camiseta, com os cabelos desalinhados, barba ou cavanhaque e uma bolsa para carregar seus livros para dar corpo a sua atitude intelectual. As meninas usavam calças justas, tween sets e sapatilhas como desdém pelo luxo dos saltos altos e finos popularizados por Dior na época. O romance On the Road, de Jack Kerouac, é uma espécie de bíblia da filosofia beatnik.
Os mods (abreviação de Modernistas), surgidos em Londres, eram geralmente jovens de classe média baixa, obcecados pela moda italiana e a música negra norte-americana. Surgido no final da década de 50, seus seguidores vestiam terno justo e bem cortado, eram bastante ligados à moda, a estilos musicais como Jazz moderno e Rhythm and Blues, consumiam anfetaminas e andavam sempre em lambretas italianas. Seu estilo se tornou conhecido mundialmente através da música My Generation, uma espécie de hino do movimento, composta pela banda The Who. O movimento foi enfraquecendo com o surgimento dos hippies e do rock psicodélico, mas ressurgiu como uma febre no fim dos anos 70.
Na década seguinte, os hippies quiseram bem mais: com seus cabelos grandes e roupas coloridas, colocaram-se em guerra contra a Guerra e a favor do amor livre. Os hippies foram a parte mais visível do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60. Adotavam um modo de vida comunitário e um estilo nômade, negavam o patriotismo exacerbado e a Guerra do Vietnã, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, o hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas, e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana. Juntamente com o movimento hippie, o movimento feminista tomou fôlego e a luta contra o racismo alcançou maior visibilidade. Foi uma época marcada pelos grandes festivais a céu aberto, o consumo de drogas alucinógenas e o sexo livre.Em 70, os subúrbios londrinos viram surgir uma geração pessimista, que, impulsionada pela grande convulsão social ocasionada pela recessão econômica, se colocava contra toda forma de consumo e dominação, usando um visual agressivo e tomando o nome de punk (uma gíria para podre, madeira ruim, o que não presta). Diversos setores da juventude, entre desempregados, estudantes de arte, anarquistas e rebeldes que desprezavam as convenções da sociedade, encontraram na música o canal de expressão de um desejo de transformação.
Através da música, contestava-se a estética do mainstream do rock da época, o conformismo, a falta de liberdade. O movimento punk demonstra um profundo sentimento de pessimismo e niilismo, agredindo diversos elementos da cultura vigente, ao mesmo tempo em que demonstra uma postura arrogante. Muitos de seus integrantes utilizavam cabelos espetados, roupas com cortes agressivos, muitas vezes sadomasoquista, símbolos controversos como a suástica como forma de deboche aos valores políticos, morais e culturais da época.
O movimento Glam - cujo nome é uma corruptela do vem do glamour das roupas extravagantes, perucas de cores psicodélicas e sapatos plataforma – foi bastante relacionado à música. Passava a idéia de uma “sexualidade ambígua” e buscava resgatar o impacto da rebeldia associada ao rock and roll, porque acreditavam que a música pop havia perdido sua veia rebelde e já estava devidamente incorporada ao “sistema” e havia pouco que se pudesse fazer para chocar a sociedade. Alguns de seus maiores expoentes foram Gary Glitter, Slade e David Bowie.
Grunge é o nome dado ao movimento musical de Seattle iniciado no fim dos anos 80 e cujos maiores ícones são as bandas Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam e Stone Temple Pilots. Ironia, sarcasmo, crítica social, revolta, desespero, sentimento de inferioridade são algumas das características de seus integrantes. Os grunges se colocaram contra os valores da sociedade, o consumismo exagerado e a beleza superficial, não se importando com a própria aparência e adotando um jeito largado de se vestir. Camisas de flanela, calças rasgadas e o tênis All Star são símbolos dessa época.
O New Wave surgiu no final dos anos 70, como um desdobramento natural de uma vertente do punk capitaneada por bandas como Talking Heads e Blondie. Uma espécie de lado alegre e debochado do rock and roll, o movimento juntou a estética andrógina dos anos 70 com roupas e acessórios dos anos 60, cabelos punk, cores vibrantes e cítricas, ombreiras, gel e músicas bem humoradas, que misturavam rock, pop, funk e reggae. Michael Jackson, Madonna, Cyndi Lauper e Boy George foram ícones desta tribo
Depois do pós-tudo (pós-moderno, pós-hippie, pós-punk, pós-dark), o impulso clubber é uma proposta sem proposta, uma pura e simples alienação do tempo e do espaço, impulsionado pelos psicotrópicos. A fuga da realidade, o desdém pela cultura, pelos valores sociais e pelo conhecimento, a anestesia como solução e o repúdio a tudo que interrompa este transe perpétuo são suas marcas registradas. O movimento clubber teve início na Inglaterra, com a acid house com o advento da música eletrônica e o uso de roupas fluorescentes, piercing e cabelos coloridos.
Dois esportes considerados “radicais” e que têm o mesmo objetivo: equilibrar-se em uma prancha. No início da década de 1960, os surfistas da Califórnia queriam fazer das pranchas um divertimento também nas ruas, em uma época de marés baixas e seca na região. Inicialmente, a nova “maneira de surfar” foi chamada de sidewalk surf.
Por volta de 1975, um grupo de garotos revolucionou ainda mais o já batizado skate realizando manobras do surf sobre ele. Esses garotos eram os lendários Z-boys da também lendária equipe Zephyr. Essa equipe era natural de Venice, Califórnia, lugar que chamavam de Dogtown. Esses garotos ganharam o mundo e têm cada vez mais adeptos em todos os lugares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário